
O espetáculo, que é fruto de uma pesquisa de mais de dois anos da companhia, teve
como ponto de partida os textos curtos de Tennessee Willians, e estreia na Sede Cia
dos Atores no dia 10 de junho.
O espetáculo Paraiso da Companhia Ateliê, dirigida por Alexandre Mello, estreiou dia 10
de junho as 20h, no teatro da Sede das Cias, que fica na Escadaria Selarón, na Lapa, Rio
de Janeiro. O texto de Pedro Lima é inspirado em algumas histórias curtas de Tennessee
Williams, escritas em colaboração com os atores da companhia. A temporada vai de 9
de junho a 2 de julho, as sextas e sábados as 20h e domingos as 19h.
Paraiso trata da memória recente do país, entrelaçando histórias de artistas,
estudantes, amantes e religiosos. Tem um pano de fundo politico-ético, que remete aos
anos que vivemos na ditadura e no recente flerte com o autoritarismo nestes tempos.
A pensão Paraíso é comandada por Elvira, que a herdou após o desaparecimento de sua
irmã e cunhado, na época do AI-5. Ao lado do filho Elói, compõe o núcleo religioso e
moralista da história. Habitam a pensão como hospedes a atriz Gabriela e o escritor
Nelson, que igualmente desempregados, tem dificuldades de pagar os alugueis de seus
quartos. Helena e o amante Paulo André mantinham um apartamento em Copacabana,
para encontros. Cansada desta situação e em busca de independência emocional,
Helena aluga um quarto na pensão. Faz amizade com Tom, estudante de direito, que
luta como todo jovem negro contra o racismo do qual e vitima diariamente. Helena,
também negra, se identifica com suas questões, apesar de não ser racializada. Do
passado aparecem Wilma e Elói crianças, que escondem os segredos do final trágico dos
pais de Wilma. O desenrolar da história destes personagens e seus segredos levam a um
final inusitado e surpreendentemente trágico.

A Companhia Ateliê está trabalhando desde a pandemia.
Alexandre Mello
O ateliê Alexandre Mello tem como principio a pesquisa artística no campo do
pensamento, no teatro, nas artes visuais e audiovisuais. Utiliza procedimentos e
dispositivos de criação próprios, exercícios e práticas, que sensibilizam os participantes
além dos cinco sentidos. Para o ator de teatro e do audiovisual este trabalho prova que
sua existência reside na relação com o outro. Ou seja, o que existe é a relação, fora desta
nada somos. Desenvolvemos no coletivo um olhar sobre o ator, que parte do principio
da não-dualidade. A subjetividade do ator diluída na multiplicidade presente no mundo.
A partir de procedimentos inspirados nas obras de Ligya Clark e nas reflexões de
Grotowski e Krishnamurti sobre o homem e a existência, criamos uma forma de fazer
teatro. O espetáculo Paraiso reapresenta a primeira etapa deste processo de criação e
a temporada na Sede das Cias
Fazem parte da Companhia Ateliê as atrizes Anna Sant’Ana, Carolina Alfradique, Karen
Júlia, Ticiana Passos e os atores Filipe Peccini, João Faria, Rafael Sardão, Rick Yates e
Tiago Abreu.
Ficha Técnica Paraíso
Autor: Pedro Lima
Direção: Alexandre Mello
Elenco: Anna Sant’Ana
Carolina Alfradique
Filipe Peccini
João Faria
Karen Júlia
Rafael Sardão
Rick Yates
Tiago Abreu
Ticiana Passos
Participação em vídeo: Maria Adélia
Iluminação: João Gioia
Cenografia: Pedro Lima e Alexandre Mello
Figurinos: Ticiana Passos
Programação visual e redes sociais: João Faria
Coreografia: Bella Lomez
Direção de Produção: Anna Sant’Ana
Produtor Ateliê: Divino Garcia
Fotos e Teaser: Divino Garcia e Sávio Oliveira
Assessoria de imprensa: Guilherme Scarpa e Anna Sant’Ana
Realização: Usina D’Arte
O Diretor
Alexandre Mello é diretor, curador artístico, ator e professor especializado na
preparação de atores e discussão de projetos artísticos com jovens diretores e
intérpretes. Fundador da Usina D’Arte Produções e Usina D’Arte Filmes. Tem seu ateliê
próprio de trabalho e pesquisa em Laranjeiras, no qual trabalha com técnicas exclusivas,
em autores como Pinter e Tennessee Williams. Organizou o livro Vestindo Nelson sobre
o autor Nelson Rodrigues, pela Editora Francisco Alves. Trabalhou de 2012/15 como
diretor artístico do Teatro Gonzaguinha e de 2016/18 do Teatro Ipanema da Rede
Municipal de Teatros do Rio de Janeiro. Integrou a equipe de curadores das duas
edições do FESTIVAL DOIS PONTOS. Seus últimos trabalhos de direção foram a peça
filme Angustia-me! de Júlia Spadaccini e, no teatro, fez Hamlet Candidato de Cecília
Ripoll no Sesc Copacabana em 2019. Dirigiu mais de cinquenta montagens teatrais e
atuou em outras vinte. Destacam-se QUEBRA OSSOS no Teatro Laura Alvim, indicado
ao Prêmio SHELL 2012,UM DIA QUALQUER em 2013 no SESC Copacabana, indicado
ao PREMIO APTR 2013, ganhou o Prêmio Myriam Muniz de circulação para 2015 e os
prêmios Fate e fomento da prefeitura em 2015/16/18. Em 2022 dirigiu dez filmes curtametragem que podem ser visto no canal do YouTube da Usina. Seus próximos projetos
em teatro são Paraíso, que estreia em junho na Sede das Cias, Acteon, em setembro e
Obra, no ateliê em julho.
ONDE: Sede Cia dos Atores
Rua Manuel Carneiro, 12 – Escadaria Selarón/Lapa
HORÁRIOS: Sexta e sábado às 20h, domingo às 19h
INGRESSOS: R$60,00, R$30,00 (meia)
Bilheteria: 01 hora antes do espetáculo
VENDAS ON LINE:
https://organizador.sympla.com.br/evento/preview/5ef7038b55276448b08079e584
887ee1
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
DURAÇÃO: 90 min
CAPACIDAE: 67 lugares
TEMPORADA: até 02 de julho





